19 abril 2011

the secret of the decision

nem tudo o que eu vejo é a pura das realidades,nem mesmo tu,tentamos sempre ir pelo caminho mais fácil, tomar as decisões menos complicados para nós, para não termos tantas dificuldades,ou tanto que fazer, e nem tudo que tu e todos vêm é verdade, nem mesmo uma enorme mentira, queremos sempre acreditar em tudo para fingir que está tudo bem,que não se passa nem nunca passou nada, mas a verdade é que às vezes não é bem assim,as coisas tornam-se complicadas para o nosso lado e somos forçados a tomar uma decisão final,independentemente do que possa vir a acontecer um dia ou depois da nossa escolha
já nem sei se acredito nas verdades, aquelas que achamos umas grandes possíveis realidades, dou por mim sempre a pensar se será mais uma no meio de tantas mentiras, pensando bem,o que são verdades? não existe provavelmente ninguém neste pequenino mundo que nunca tenha mentido, que nunca tenho dito uma mentira,mesmo ela sendo pequena ou insignificante.O que é isto? isto ou é sim ou é não, agora escolhe, senão não é nada.

16 abril 2011

à primeira vista


só queria ter uma incerteza no meio disto tudo, porque ambos sabemos que tu nunca foste forte o suficiente para me dizeres e enfrentares as verdades que deveriam de ser ditas, e naquele preciso momento, quando estava a sala coberta pela escuridão e sem ninguém em nossa roda, olhaste para mim e disseste 'amo-te', acho que no fim desses anos todos, a teu lado,foi a palavra mais sincera e bonita que ouvi da tua parte, levantei a cabeça e sorri, passado um bocado acendi a luz e respondi-te com a maior certeza do mundo : 'pega nas tuas coisas e sai daqui', começaste a chorar, sem dizer nada fui para o meu quarto, depois do que tivera dito não queria saber de mais nada, era tudo tão sorreal, não queria acreditar, por fim tive a enorme coragem de te mandar embora, pus os fones,sentei-me em cima da cama e começei a reflectir sobre o assunto, o que se tinha passado naquela sala, e cheguei à conclusão que o facto de teres dito que me amavas não tinha passado de mais uma das tuas desculpas, e o que realmente te tinha levado a fazê-lo era a pressão que tinhas sobre ti, virei-me para trás quando já estava perto de ti depois de teres vindo bater à minha porta e dei-te uma questão à qual terias de responder 'decide, ou adeus', a decisão demorou algum tempo, mas passados dois meses, recebi uma chamada : 'estou amor?' 'amor?' disse eu, sem querer revelar mais nada da conversa que foi longa, no fim ele disse-me que queria ficar comigo para sempre, pediu desculpas,e vivemos felizes para sempre.(....)
isto teria sido assim nos contos de fadas,a verdade é que não foi assim, não o aceitei, primeiro pensei em tudo o que já se tinha passado entre nós dois, e vi que era demasiado cedo para ter de novo a minha confiança, dei mais uma hipótece. se foi simples ? não, demorei anos a conseguir respirar como dantes,a tentar acreditar nele,nunca consegui,por muito que tentemos, uma desilusão permanece sempre dentro do nosso coração,mesmo dizendo a todos e mesmo a nós próprios que não,que já esquecemos, eu nunca tive medo dele, nem tão pouco me assustei com a sua sombra,mas aprendi a viver a grandeza da minha própria escuridão,e demorei muito tempo a perceber que, se há coisas que nunca se esquece, o amor é uma delas.